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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Comprando o favor...


Disse, porém, Esaú: “Eu já tenho muito, meu irmão. Guarde para você o que é seu.” Gênesis 33:9


No trajeto de volta para sua terra natal depois de passar 20 anos em Harã, Jacó ainda estava com medo do irmão gêmeo. Ao saber que Esaú ia ao seu encontro acompanhado de 400 homens, Jacó tratou de lhe enviar rebanhos: 200 cabras e 20 bodes, 200 ovelhas e 20 carneiros; 30 fêmeas de camelo com seus filhotes; 40 vacas e 10 bois; 20 jumentas e 10 jumentos. Ordenou que os rebanhos fossem deixados a certa distância um do outro. Ele também instruiu os empregados a dizerem a Esaú que os animais eram um presente de seu servo Jacó, que estava a caminho (Gn 32:13-18).


Que presente generoso! Se Esaú tinha qualquer dúvida a respeito da postura do irmão em relação a ele, aquela era a resposta. Jacó estava com tanto medo e tão ansioso que era capaz de fazer qualquer coisa para agradar o irmão. Ele tentou comprar o favor de Esaú.


Tal abordagem se encaixa com o padrão de vida de Jacó. Acostumado a enganar e a manipular, Jacó pensou que podia encontrar saídas para qualquer situação. O mesmo acontece hoje. Todos nós temos muito de Jacó em nossa personalidade, alguns mais do que outros. Para muitas pessoas, o dinheiro pode comprar qualquer coisa; todo mundo tem um preço. Mas Deus está em busca de homens e mulheres “que se não comprem nem se vendam; [...] que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; [...] que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; [...] cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; [...] que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Ellen G. White, Educação, p. 57).


Jacó até mesmo tentou comprar o favor de Deus. Depois de acordar do maravilhoso sonho da escada que ligava a Terra ao Céu, fez um voto: se Deus cuidasse dele e o levasse em segurança de volta para casa, ele devolveria a Deus o dízimo de tudo o que o Senhor lhe concedesse (Gn 28:20-22).


Antes de julgarmos Jacó, examinemos nosso próprio coração. Quantas vezes eu tentei manipular Deus? Ao devolver o dízimo (que é dEle) e ofertar, será que espero receber um favor em troca porque (em minha mente) fiz um favor a Ele?


O favor de Deus não está à venda. É gratuito – absolutamente gratuito. Chamamos isso de graça.


Até mesmo Esaú ajudou Jacó a enxergar isso. A sucessão de rebanhos não lhe fez diferença. Ele perdoou e aceitou o irmão sem cobrar nada em troca.

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